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Ferdinand Rebay and the Reinvention of Guitar Chamber Music - Luiz Mantovani

Ferdinand Rebay and the Reinvention of Guitar Chamber Music - Luiz Mantovani

2019

Instrumentistas: Luiz Mantovani

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RESUMO: Ferdinand Rebay (1880-1953) foi um pioneiro entre os compositores não violonistas que começaram a escrever para o violão na década de 1920. No entanto, apesar de ter escrito cerca de 400 obras para violão, ele é hoje injustamente desconhecido. Esta tese examina suas mais de 30 sonatas ou obras estruturadas como sonata para violão, a maior parte das quais sendo música de câmara em combinações que variam de duos a um septeto. Na parte 1, eu situo as sonatas de câmara de Rebay no repertório violonístico, entendendo-as como uma reação ao repertório ligeiro dos clubes de violão, o principal nicho do instrumento nos territórios de língua alemã no início do século XX. Em seguida, eu traço um panorama da carreira de Rebay e suas interações com os círculos violonísticos vienenses, com destaque para o trabalho de sua sobrinha e principal colaboradora, Gerta Hammerschmid. Posteriormente, analiso seu estilo composicional e postulo que, ao associar o violão ao prestígio da sonata romântica austro-alemã, Rebay pode ter pretendido elevar o status do instrumento aos olhos do grande público vienense. Sua exploração do violão na música de câmara é igualmente paradigmática, pois ele liberta o instrumento de seus típicos papéis de acompanhamento e explora uma textura equilibrada em suas sonatas. Na parte 2, investigo um grupo selecionado de sete sonatas de câmara sob um ponto de vista interpretativo. Diante da falta de uma tradição de interpretação contínua da música para violão de Rebay, ofereço uma visão expandida das premissas estilísticas e técnicas necessárias para interpretar sua música, largamente informado por uma investigação histórica que ajuda a entender a notação meticulosa de Rebay e a executá-la de forma convincente. Finalmente, eu traço o processo colaborativo de Rebay e seus violonistas através das informações disponíveis em seus manuscritos, propondo uma "colaboração póstuma" para lidar com questões interpretativas e tornar passagens problemáticas - ou em alguns casos, obras completas - mais idiomáticas ou mesmo factíveis. Ao inicialmente situar a música de violão de Rebay e mais tarde abordar alguns de seus aspectos de interpretação mais importantes, espero fornecer fundamentos históricos e interpretativos sólidos para o violonista contemporâneo interessado em tocar sua música.

Autor: Luiz Carlos Mantovani Junior
A thesis submitted for the degree of Doctor of Philosophy
Royal College of Music 2019

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ABSTRACT: Ferdinand Rebay (1880-1953) was a pioneer among the non-guitarist composers who started to write for the guitar in the 1920s. However, in spite of having composed close to 400 guitar works, he is today undeservedly obscure. This thesis examines his more than 30 sonatas or sonata-structured works for guitar, most of which is made of chamber music for combinations that range from duos to a septet. In Part 1, I situate Rebay’s chamber sonatas within the guitar repertoire, understanding it as a reaction to the lighter repertoire of the guitar clubs, the turn- of-the-century's main guitar niche in German-speaking territories. After investigating the guitaristic context, I look at Rebay’s career and interactions with the Viennese guitar circles, highlighting the work of his main champion and niece-guitarist, Gerta Hammerschmid. Later, I analyse his compositional style and demonstrate that, by associating the guitar with the Austro-German Romantic sonata prestige, Rebay may have intended to elevate the instrument’s status in the eyes of the mainstream Viennese audiences. His exploration of the guitar in chamber music is equally paradigmatic, as he frees the instrument from its typical accompaniment roles and explores a fully-balanced texture in his sonata writing. In Part 2, I approach a selected group of seven chamber sonatas from a performer’s point of view. Faced with the lack of a continuous performance tradition of Rebay’s guitar music, I propose to incorporate an extended stylistic and technical mindset largely supported by historical investigation, which helps understand Rebay’s meticulous notation and realize it convincingly. Finally, I trace Rebay’s collaborative steps through the layers of information available in his manuscript sources, also proposing a “posthumous collaboration” to deal with score-based issues and make problematic passages—or in some cases, full works—playable and idiomatic. By initially situating Rebay’s guitar music and later addressing some of its most important performance aspects, I hope to provide secure historical and interpretative grounds for the modern guitarist interested in his music

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