Pode ser Henry Mancini, Tim Maia, João Gilberto, Djavan, trilhas de novelas ou as belas peças para violão solo que compôs. Waltel parece onipresente nos bastidores da música. Em alentada biografia de 508 páginas, o jornalista Felippe Aníbal traça vida e obra, recheada de fotos antológicas e histórias muito curiosas. 

Instrumentista, compositor, maestro e arranjador, o paranaense Waltel Branco (1929-2018) teve uma das trajetórias mais plurais da música brasileira: transitou por inúmeros gêneros, trabalhou com artistas dos mais diversos estilos e foi um dos pioneiros da criação de uma linguagem musical aplicada à televisão. Apesar disso, os detalhes de sua vida permaneciam desconhecidos do grande público.

Nesta biografia de 508 páginas, que acaba de ser lançada, o jornalista Felippe Anibal esmiuça os caminhos de Waltel, num trabalho que é resultado de mais de oito anos de pesquisa e de mais de 50 entrevistas. O autor também conviveu com Waltel e teve acesso ao acervo pessoal do maestro.

O livro transita por todos os movimentos em que ele atuou (da bossa nova ao jazz, do samba ao erudito, da MPB ao brega) e aborda suas parcerias com João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Roberto Menescal, Marcos Valle, Nara Leão, Elizete Cardoso, Pixinguinha, Tim Maia, Hyldon, Toni Tornado, Odair José, Evaldo Braga, Cauby Peixoto, Alceu Valença, Zé Ramalho, Reinaldo Azevedo, Cazuza, Chico Anysio, Alcione, Elza Soares, Elis Regina, Fafá de Belém, entre tantos outros.